"E se as palavras são como as cerejas, conforme garante o rifoneiro popular, há sempre um duplo sentido tão evidente como usar duas cerejas em jeito de brinco silvestre. No fundo, parece que tudo é magnífico nesta árvore de pomar, da raiz que serve para fazer cachimbos ao seu fruto das delícias, passado pela madeira de boa mobília, pela folha que faz paisagem, pela flor que pode ser perfume. Até se pode percorrer a arte universal para dissertar sobre o florir das cerejeiras, com as pétalas brancas ou róseas de serena pureza, ou sobre o tempo das cerejas, essas bagas tão vermelhas como o erotismo." in DN 05/04/08
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